Um grave problema
atinge hoje o campo brasileiro, o uso abusivo dos agrotóxicos e as sementes
transgênicas, comprometem a vida humana e do meio ambiente. Cada vez mais, os
agricultores usam dosagens maiores de agrotóxicos, que começam desde o plantio
e vai até a colheita das sementes. E
agora, com a modificação da genética do milho e da soja, a agricultura
corre o risco de perder às sementes crioulas, que sempre estiveram nas mãos dos
agricultores, e que passa de geração à geração.
As empresas multinacionais que
produzem os agrotóxicos como Bayer, Monsanto e a Syngenta, lucram bilhões de
reais sobre a agricultura baseada principalmente no uso indiscriminado dos
agrotóxicos. Essas grandes produtoras de veneno defendem o latifúndio, e são
contra toda e qualquer iniciativa de reprodução da agroecologia, porque
defendem exclusivamente o interesse do agronegócio de acumular riquezas
provocando a destruição da vida.
Os danos para a saúde humana são
vários, dentre eles principalmente é comprovado que os agrotóxicos causam câncer
e a morte. Para o meio ambiente o uso dos agrotóxicos e das sementes
transgênicas, causam a redução da biodiversidade, onde várias espécies foram
destruídas e a riqueza de nutrientes do solo está escassa. Outro problema que afeta
diretamente os agricultores, é a dependência das empresas produtoras de pacotes
agro-químicos, que dominam a produção e distribuição de alimentos no mundo. O
agricultor passa a plantar para pagar o seu financiamento exigido por esse
pacote.
É uma gama suja que envolve o
pequeno agricultor e faz da agricultura uma mercadoria que só tem valor para
quem domina às sementes e os agrotóxicos. A solução para acabar com essa
privatização da cultura camponesa de fazer a vida, é o modelo da agricultura
camponesa que considera as sementes como o patrimônio da humanidade, porque
propõe uma produção orgânica sem uso de agrotóxicos e a troca de sementes
crioulas com a comunidade camponesa. Cuidar da agricultura e das sementes é pensar
em uma soberania alimentar que cultive a cultura do homem agricultor, que
valorize às relações entre os homens e a relação do trabalho com a terra.
A agricultura precisa ser sinônimo
de vida, não podemos aceitar que os alimentos sejam produzidos com altos índices
de agrotóxicos. A mesa do homem do campo e da cidade, precisa ter alimentos
saudáveis produzidos com técnicas orgânicas. Por que, é exatamente a
agricultura camponesa que produz cerca de 70% dos alimentos consumidos pelos
brasileiros.
Uma das iniciativas fortes que estão
comprometidas em denunciar os riscos dos agrotóxicos é o Comitê da Campanha Permanente Contra o Uso dos Agrotóxicos, que
realiza várias ações de formação para a compreensão que a agricultura é viável
do ponto de vista da agroecologia. O comitê é uma iniciativa dos movimentos
sociais do campo, de pequenos agricultores e da Universidade Federal da
Fronteira Sul, que acompanha o desenvolvimento da agroecologia na região,
oferecendo suporte pedagógico e técnico para fortalecer a produção saudável de
alimentos sem agrotóxicos.
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