sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O desafio da construção da Agroecologia na região Cantuquiriguaçu


O Brasil é atualmente o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Mais de 10% do consumo mundial, ou 1 em cada 10 litros de venenos utilizados contaminam terras e águas e a gente do nosso país. Isso tudo acontece sem nenhuma consequência? É claro que não. Em quase todas as famílias temos casos de pessoas que sofrem ou sofreram com câncer e outras doenças para as quais não há uma explicação lógica. O uso de agrotóxicos faz com que o número de suicídios no meio rural brasileiro seja até 5 vezes maior do que nas cidades. São doenças para as quais há forte suspeita de que sejam causadas pelos pesticidas que utilizamos na agricultura. Pesquisas no brasil mostram que até mesmo o leite materno e a água já estão contaminados por agrotóxicos.
            Por outro lado as empresas fabricantes desses produtos enriquecem cada vez mais às custas da deterioração da saúde e do meio ambiente. O objetivo é o lucro, acima da vida.
            O que podemos fazer para mudar isso? O que fazer frente a esse problema? Precisamos mudar as causas que levam a esse estado de coisas. Uma delas é eliminar gradativa ou radicalmente o uso de agrotóxicos e transgênicos nas lavouras e nas criações de animais aqui em nossa região.
            O MST tem adotado desde muitos anos uma postura contrária ao uso de agrotóxicos e a favor da agroecologia. Desde o ano passado participamos da campanha permanente contra o uso de agrotóxicos. O Ceagro tem formado várias turmas de técnicos em agroecologia, numa tentativa de preparar a base técnica para a transformação da agricultura. Mais recentemente com a vinda da UFFS essas possibilidades se ampliaram.
Vejamos algumas iniciativas para enfrentar essa questão.
-        Implantação a partir do final deste ano, do laticínio para produção de leite orgânico, no assentamento 8 de Junho – a meta é envolver 400 famílias produzindo leite agroecológico
-        Realização de um curso de especialização em produção de leite agroecológico, em parceria com a UFFS – início segundo semestre.
-        realização de uma nova turma do Curso médio Técnico em agroecologia, no CEAGRO, também no segundo semestre.
-        Desenvolvimento de pesquisas sobre técnicas de produção agroecológica.
-        Publicação de cartilhas e materiais técnicos sobre produção sem uso de venenos e adubos químicos.
-        Realização de feiras livres para venda de produtos agroecológicos diretamente ao consumidor (Laranjeiras, Quedas e Goioxim)
Agora temos pela frente o desafio de construir em cada unidade de produção camponesa, em cada lote da reforma agrária em nossa região, uma forma de agricultura cada vez mais sustentável, que dependa cada vez menos de venenos e transgênicos. Sabemos que nosso modelo de agricultura funciona como uma pessoa viciada em crack, que depende da droga, que acha que é impossível viver sem ela. Mas também sabemos que o tratamento dessa agricultura viciada passa pela conscientização do problema e de assumirmos que cada família precisa mudar pouco a pouco seu jeito de produzir. E você, o que vai fazer para mudar essa realidade? Venha participar conosco das iniciativas e atividades para construir uma agricultura sem venenos e sem transgênicos. Viva a luta pela agroecologia! 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

17 de Abril- 16 anos do Assentamento Ireno Alves


O Vídeo 17 de Abril, é uma homenagem para os Assentamentos Ireno Alves e Marcos Freire, que resgata um pouco da história de luta até a conquista da terra, e que hoje é o fruto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Que em 2012, completou 16 anos de reforma agrária apontando a viabilidade social e econômica da justa luta pela terra. Nesse vídeo, é resgatado o momento que antecede a ocupação do Fazenda Araupel, em Rio Bonito do Iguaçu, na madrugada gelada de 1996, em que 3 mil famílias marcharam rumo a porteira que cercava o grande latifúndio de terra. Onde atualmente, 1.512 famílias reproduzem sua vida com qualidade e garantem seu trabalho e renda.

Assista o vídeo aqui

Luta e Conquistas das Mulheres brasileiras


O Vídeo Luta e Conquistas das Mulheres Brasileiras, faz um resgate histórico das conquistas das mulheres do campo e da cidade. Demonstrando, que a mulher brasileira é sinônimo de coragem e valentia, que se levanta contra os opressores. Esse vídeo também afirma o compromisso da sociedade civil na luta permanente para o acesso às políticas públicas que garantem nossos direitos, mas que somente com organização social é possível valer esses direitos.

Assista o vídeo aqui

8 de Março- Dia de luta


O Vídeo produzido para o 8 de Março, abraça a luta das mulheres camponesas que se colocam em marcha para a reivindicação de seus direitos diante a igualdade de condições entre homens e mulheres. Apesar, das conquistas a mulher camponesa não deve parar de lutar, porque a construção da sociedade igualitária e humana, só acontece com a união de toda a classe trabalhadora. 

Assista o vídeo aqui

Coperjunho: Uma experiência de cooperação

O Vídeo elaborado para o COOPERJUNHO (Cooperativa de Panificação do Assentamento 8 de Junho), apresenta uma experiência de produção coletiva realizada por mulheres em uma área de Reforma Agrária, que juntas provaram que é viável cooperar nos dias atuais, produzindo e comercializando seus produtos para toda a região. Essa experiência bem sucedida gera renda e trabalho para às mulheres do assentamento, que sonham com um futuro melhor para suas famílias e com uma sociedade mais justa.

Assista o vídeo aqui

Jornal Terra Vermelha


O Jornal Terra Vermelha é uma construção da equipe de comunicação do MST da região centro do Paraná em parceria com a fundação Mundukide da Universidade de Mondragon no País Basco. A 1ª edição do jornal saiu em dezembro de 2011, e é diagramado bimestralmente.
            Com tiragem de seis mil exemplares, o objetivo do jornal é atingir as cinco mil famílias de assentamentos e acampamentos da região e a sociedade em seu entorno. “Pelo fato da região ser bastante grande, o jornal ajuda no debate da Reforma Agrária com as famílias, levando informações conjunturais”, diz Geani de Souza, responsável pela equipe de comunicação na região.
            Para baixar as edição do jornal terra vermelha, clique aqui

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Grupo Cooperativo da Reforma Agrária

É motor propulsor responsável pela integração das redes econômicas e formativas: Crehnor ( Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul), Mercados COOPERA (Nova Laranjeiras e Rio Bonito do Iguaçu), Agroveterinária COOPERA (Nova Laranjeiras), Laticínios de leite IGUAÇU (Laranjeiras do Sul e Nova Laranjeiras), COPERJUNHO (Laranjeiras do Sul) e CEAGRO (Vila Velha e Cavaco).